Rescaldo
Everest 2017: Esta foi provavelmente a caminhada da minha vida,
caminhar com meu ídolo (João Garcia) durante duas semanas e meia até
5600 metros no Everest, num mundo, numa cultura, num povo, numa forma de
vida completamente diferente do nosso, com poucas condições, sem tomar
duche, um clima frio, gelo, neve, com muitas mudanças de temperatura e o
pior de tudo falta de Oxigênio, qualquer caminhada parecia que estava a
correr ao Sprint, e durante a noite acordava com falta de ar,
enfim....
Quanto alimentação enjoei, pois foi uma alimentação a base de arroz, batatas e ovos e legumes cozidos e muito chaaaaaaaaaa. Conforme fomos subindo de altitude, cada vez mais o oxigênio era escasso, mais a malta se cansava, qualquer caminhada e já estávamos arfar rsssssss.....Durante duas semanas, sem carros, sem motorizadas andando sempre em trilhos onde os carros e motorizadas eram substituídos por imensos Sherpas e Carregadores, que estamos constantemente a cruzar, transportavam tudo para as pequenas localidades durante dias, os kms eram medidos em dias, mas o pior mesmo era a idade, muitos miúdos da partir dos 12 anos a carregar com tudo as costas, o que me deixou um pouco chocado nos primeiros dias. Tive algumas dificuldades habituar-me alimentação, pois comíamos imenso arroz, e batatas acompanhado sp com legumes... quanto ao pequeno almoço era sempre aveia (Enjoei). Quanto a Higiene passei duas semanas sem tomar duche, ou melhor, nessas duas semanas lavei o corpo na ribeira com agua gelada e sp a cantar p distrair rssssss....Algo que admirei neste pais, foi a dedicação ao Budismo, por todo lado vemos as Bandeiras de Oração, Templos, Pedras com Orações e Kanis Budistas, todas as pessoas se cumprimentam com Namastê, e durante esse tempo nao vi nenhuma discussão nem stress, um povo extremamente calmo e sereno apesar do stress dos trilhos, onde temos constantemente parar p dar prioridade aos carregadores. Quanto ao nosso Amigo João Garcia, estava constantemente preocupado com o grupo, com aclimatação, com nível de oxigênio de cada um, sempre atento aos sintomas da doença da montanha, procurando saber se alguém estava esconder algum sintoma e sempre acompanhar a medicação que a malta estava a tomar p dor cabeça e diarreia. Todos os dias, duas vezes por dia, o João Garcia media o nível de Oxigênio e a pulsação de todos os elementos, antes do jantar e de manha antes do pequeno almoço. Estava sempre preocupado com o que a malta ingeria, nada de álcool, nada de bebidas com gás, nada de legumes crus, tinha que estar tudo cozido e os copos bem enxaguados, receio que alguém fica-se contaminado com alguma bactéria e nao pudesse seguir com o resto do grupo.
Aki vai o resumo das nossas Etapas onde transcrevi alguns post do Face:
1 & 2 Dia
3 Dia
Foi o nosso primeiro dia de Caminhada: 10 Kms em 3 Horas de Lulka até Phakding (264mts) depois de aterrar no quarto aeroporto mais perigoso do mundo onde a pista é pequena, com grande desnível e acaba com um paredão iolll. Depois de aterrar distribuímos os sacos pelos Sherpas e carregadores, cada um poderia entregar ao Sherpa no máximo 10 Kilos, quanto ao restante tínhamos ser nós a levar as costas. Neste Primeiro dia passamos por varias pontes suspensas e Kanis Budistas.
4
Dia
Phakding- Nanche Bazzar (3450 Mts): Este foi nosso segundo dia
fizemos mais 10,5 kms de Phakding até Manche Bazar (3450 metros),capital
do Vale Khumbo, capital Sherpa. Sempre caminhando devagar
Devagarinho, por trilhos com muita pedra, sobe e desce com kanis
budistas, c rodas de oração budistas, pontes suspensas lindo, mas o que
me choca um pouco é que ao longo do trilho estamos sempre a cruzar com
sherpass, (carregadores) de todas as idades transportando todo tipo de
material as costas, grandes carregamentos miúdos c 12,13, .....anos :-(
:-(.
6
Dia
7
Dia
8
Dia
Periche
até Lobuche: 9 kms mais 4 a tarde p aclimatação que frio, maldito
frigorífico, levo 4 camadas de roupa e ui, ui, principalmente de manha e
ao final do dia, p não falar de noite, hoje caminhamos sempre aos 4000
metros e ao meio da tarde fomos aos 5000 e regressamos 4 mil e pouco.
Aiiiii acima dos 4000 mil quase não consigo cantar, nem tocar a corneta,
ando sempre
a arfar aiii. O grupo anda sp c receio das dores de cabeça e a
diarreia, estamos sp a desinfetar as mãos...amanha vamos atacar o ponto
mais altoooo, Kalapattar (5600).
10
Dia
Lobuche até Dzong La (4543 met): 7 kms em 2 horas e meia,este dia foi de poucos kms, de recuperação, carregar baterias, com muito friooo Tempo instável, nesta manhã a garrafa de água ao meu lado estava congelada,em pedra rsss....
12 Dia
13
Dia
Dole até Namche Bazar 13 kms em 5:15 min. Neste dia descemos até
Namche Bazar, capital povo Sherpa (3446 metros), durante a tarde
descansamos...Neste canto do mundo, todos se cumprimentam com Namastê,
em vez de um bom dia, boa noite ou boa tarde, um povo Pacífico onde o
Budismo está em todo lado, bandeiras de oração, rodas de oração, ao
longo dos trilhos imensas pedras pintadas ou gravadas c oração onde
temos que passar sempre pelo lado esquerdo..... conforme vamos descendo
vê se mais carregadores, sherpas....Neste dia fui nomeado pelo grupo
para angariar gorjetas p distribuir pelos Sherpas e
carregadores....vamos descendo vamos também tirando camadas de
roupaaaa.... taaa quaseeeee....Namastê :—)
15
Dia
16
Dia
17 Dia
EVEREST
2017: Kaminhada de uma vida, esta foi provavelmente a caminhada da
minha vida onde contatei um mundo completamente diferente do nosso,
cultura, povo, condições de vida. Durante duas semanas e meia vivi com
condições mínimas, sem tomar duche, com déficit de oxigênio, acordando a
meio da noite com falta de ar enfim....... De realçar o excelente Grupo
que tive sorte em fazer parte e pelo meu Ídolo João Garcia uma aventura
para recordar para o resto dos meus dias :-). Brevemente farei um post
com o rescaldo deste Sonho :-). Namastê :-).
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